O desenvolvimento de um automóvel envolve uma complexa quantidade de fatores.

Afinal de contas, construir uma máquina que vença a resistência do ar com eficiência energética pode ser bastante desafiador. Sendo assim, grandes montadoras como a Renault têm um longo histórico de estudos, em busca da mais eficaz aerodinâmica de um veículo.

Entre os carros, as pesquisas sobre coeficiente aerodinâmico foram impulsionadas pelas competições automobilísticas, em constante necessidade de veículos mais velozes, ágeis e fluidos na maneira como rompem o ar.

Posteriormente, esses estudos ganharam nova utilização entre os automóveis de passeio, já que a menor resistência ao ar também implicava em uma melhora na autonomia do veículo — uma virtude indispensável aos carros populares.

Interessado no tema? Então embarque nesta leitura!

A importância da aerodinâmica de um veículo
A aerodinâmica é um conceito que demonstra a ação do ar sobre os objetos em movimento. Por isso, todo projeto automobilístico preza pelo coeficiente aerodinâmico de seu conceito, pois entender o comportamento e a trajetória do ar contra o veículo será determinante aos cálculos que resultarão no desempenho, estabilidade e autonomia do projeto finalizado.

Abaixo, elencamos algumas peculiaridades da aerodinâmica. Confira!

O design fluido
Uma curiosidade interessante está no fato de que o desenho mais fluido do planeta encontra-se na natureza. Trata-se da gota d’água, com um formato que beira a perfeição, confirmado pelo menor coeficiente aerodinâmico já registrado, em mínimos 0,05 Cx!

Comparativamente, aeronaves subatômicas alcançam impressionantes 0,12 Cx, em função de seus desenhos quase alienígenas. Hoje em dia, os carros de passeio marcam entre 0,30 até 0,50 Cx. Já os superesportivos se fazem valer da baixa estatura e de inúmeras entradas de ar, conquistando coeficientes em torno de 0,20 Cx.

O coeficiente aerodinâmico
Afinal de contas, como se chega nesse valor? Garantimos a você que da maneira mais lúdica e barulhenta possível! As montadoras contam com ambientes espaçosos, equipados com um enorme sistema denominado túnel de vento.

Essencialmente, trata-se de um “ventilador” gigantesco, capaz de simular correntes de ar nas mais variadas forças, direções e cenários. O fluxo criado pelo túnel de vento se chocará com o carro, demonstrando sua trajetória sobre a superfície desse, permitindo que os engenheiros avaliem o comportamento do ar frente o conceito.

Basicamente, o propósito final é criar o melhor desenho possível aliado ao menor coeficiente aerodinâmico. Esse é ponto conclusivo a toda montadora: entregar o desenho mais atraente, com o melhor desempenho, seja priorizando a performance ou a economia de combustível.

Os cuidados necessários às customizações
Aos aficionados por tuning, aconselhamos atentar às possíveis alterações que tenham um efeito negativo no seu carro. A instalação de aerofólios em veículos sem capacidade de suportá-los poderá resultar em uma fórmula perigosa ao dirigir em alta velocidade, já que que esses componentes são responsáveis pela canalização do ar, pressionando o veículo contra o solo e entregando maior aderência em cenários de competição.

Além disso, outros acessórios também podem alterar a aerodinâmica e, consequentemente, a estabilidade do veículo. Nesse caso, destacamos os body kits (saias) que podem conter entradas e saídas de ar, modificando o comportamento do veículo em curvas. Portanto, lembre-se: ao alterar a originalidade do seu automóvel, você poderá estar fugindo da margem segura de situações às quais ele fora projetado.
Gostou deste post esmiuçando as curiosidades da aerodinâmica de um veículo? Então aproveite a visita em nosso blog para ler o artigo “Câmbio automático vs automatizado: quais são as diferenças?“, melhorando a sua tomada de decisão ao momento de trocar de carro!